quinta-feira, 24 de abril de 2008

projeçôes cartograficas

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Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações.
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.

Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano, que é o mapa, são:

a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas.

b) Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.

c) Afiláticas – quando as áreas e os ângulos apresentam-se deformados.

Projeção de Mercator
Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico pouco modificado. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.


Projeções de Mercator ou Cilíndrica Equatorial.

Projeção de Peters
Outra projeção muito utilizada para planisférios é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos, como podemos observar no mapa a seguir.


Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters

As retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, resultando na representação das massas continentais, um significativo achatamento no sentido Leste-Oeste e a deformação no sentido Norte-Sul, na faixa compreendida entre os paralelos 60o Norte e Sul, e acima destes até os pólos, a impressão de alongamento da Terra

Projeção ortográfica
Ela nos apresenta um hemisfério como se o víssemos a grande distância. Os paralelos mantêm seu paralelismo e os meridianos passam pelos pólos, como ocorre na esfera. As terras próximas ao Equador aparecem com forma e áreas corretas, mas os pólos apresentam maior deformação.



Projeção cônica
Nesta projeção os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias.



Projeção de Mollweide
Nesta projeção os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.



Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide
É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão.



Projeção de Holzel
Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos.



Projeção Azimutal
Eqüidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo
Nesta projeção, centrada em São Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção.



Projeção Azimutal Eqüidistante Polar


Projeção eqüidistante que tem os pólos em sua porção central. As maiores deformações estão em suas áreas periféricas.

domingo, 6 de abril de 2008

conhecendo um pouco de ji-parana e rondonia

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Segunda cidade do Estado de Rondônia, onde o Pioneirismo vence obstáculos da Natureza. E cresce. O termo origem na cultura indígena. Designa tanto a cidade, como do rio: volumoso caudal que forma com o afluente Urupá bela paisagem urbana.
Ji-Paraná quer dizer “rio-machado”.



Porque os índios encontravam no leito de corredeiras pedras pontiagudas, utilizadas com instrumentos de corte. Para a população local ele continua sendo o rio Machado. Talvez por se mais fácil a pronúncia. A cidade todavia fixou em Ji-Paraná, após ter se denominado sucessivamente Vila Urupá, Presidente Penna, Vila de Rondônia. Localiza-se na BR-364, na altura do quilômetro 365. Única rodovia federal, em Rondônia, que corta o Estado sentido sul-norte, ligando Mato Grosso à capital Porto Velho. Por ela chegam os bens de consumo industrializados do sul. E retornamos produtos da terra. Uma troca vantajosa para todos.
Na verdade, ela deu passagem ao desenvolvimento. Principalmente, depois que a cidade recebeu sua emancipação política, em 1977, das mão do então presidente Ernesto Geisel. De 4.285 habitantes em 1970 ela abriga hoje por volta de 130 mil.
A origem da cidade é semelhante á demais regiões do Estado. A exploração da nativa. A evolução industrial que chegou no bojo do século 20 exigiu também a oferta dessa matéria prima. Nativa na Amazônia, ela atraiu levas de nordestinos. Uma corrente migratória estimulada por grande seca que assolou o Nordeste, entre 1877 e 1880. E por intensa propaganda oficial. Os rios serviam de estrada.
Após a fase da borracha, com seus altos e baixos, o telégrafo trouxe novo alento Aí, o desbravador Cândido Mariano da Silva Rondon desempenhou importante papel. Com heroísmo e determinação, estendeu uma linha entre Cuiabá e Porto Velho. Acabou o isolamento na região. Criou núcleos ao longo do trajeto.
Ji-Paraná relembra essa fase de trabalho árduo. Conserva com carinho a casa onde funcionou o primeiro telégrafo. E transformou-a em Museu das Comunicações, local de visitação obrigatória.

» A conquista da terra, a caminho do futuro

Em torno da casa de Rondon o povoado evoluiu. A partir de 1968, milhares de imigrantes vindos principalmente do Sul, liberados pelo uso da crescente mecanização na lavoura, chegaram á região. A terra farta os atraiu. O IBRA, atual INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, disciplinou a posse. Distribuiu lotes que não ultrapassam cem hectares cada um, medida considerada ideal pelos técnicos para a formação de pequenas propriedades. E a colonizadora responsável pela ocupação do solo ordenou o assentamento. Ji-Paraná conta com aproximadamente 130 mil habitantes vindos de todos os estados descendentes de antigos seringueiros, garimpeiros e índios.
A qualquer hora do dia pode-se encontrar pequenos grupos de silvícolas andando pela ruas. Porque as aldeias ficam bastante próximo da cidade. Aqui, vale apontar uma curiosidade: o município abrange uma área de quase 8 mil quilômetros quadrados. Desse total, mais de 30 por cento destinam –se à Reserva Biológica de Jaru. E um pouco menos que esse índice pertence á reserva indígena. Isso significa que mais da metade do município deve ser preservado. Em benefício da Natureza. Para a manutenção da família indígena. Além disso o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis vigia para não se realizem desmatamento. O agricultor recebe orientação para plantar apenas em áreas desmatadas.

» A riqueza aparece

Apesar das dificuldades, a cidade cresce. Ela busca sua riqueza na exploração de madeiras nativas, como cerejeira, o mogno, o angelim, o ipê. Também na coleta de borracha e da castanha do pará.. A madeira farta facilita o surgimento da indústria moveleira para atender o mercado brasileiro. Na agricultura, predomina o plantio de arroz, feijão e milho. Em menor escala, café e cacau. Quando a produtividade do solo diminui, transformam-no em pastagens. Grandes fazendas criam de preferência o gado de corte. Aliás , o clima tropical, quente e úmido, com uma temperatura média anual em torno de 28 graus centígrados, favorece essa prática econômica. A riqueza manifesta-se ainda em um comércio bem desenvolvido. Em torno de 1.8 mil estabelecimento comerciais e industriais atendem praticamente a todas as necessidades dos habitantes da região. É comum encontrar pequenas empresas cujas placas a origem dos proprietários “Serralheria Paraná”, Elétrica Goiás”, Na área educacional os jovens encontram ensino para todos os níveis. Do primeiro ao terceiro graus. Merecem destaque as escolas rurais, de primeiro grau, por sinal , muito bem conservadas.



A Universidade Luterana do Brasil de Canoas, no Rio Grande do Sul, mantém um Campus na cidade. Em pavilhões modernos e arejados, ela desenvolve cursos de Ciências Contábeis, Pedagogia, Direito e Administração de Empresas, além de Administração e Planejamento para Docentes, em nível de pós-graduação. É o maior centro de ensino particular de Rondônia. Aos domingos, a prefeitura promove atividades esportivas e culturais, como o “Projeto Beira Rio”. Atletas improvisados disputam partidas de vôlei e futebol nas areias do rio Machado. Enquanto outros exibem sua aptidões artística em movimentados encontros de música, improviso, declamação. E no Centro Cultural e Esportivo Gerivaldo José de Souza escolas locais disputam animadas gincanas. Natureza, uma opção a mais de lazer. Nas águas limpas dos rios Machado e Urupá podem-se pescar, nadar, praticar esqui aquático ou remar. Penetrar na selva fechada, onde a flora e a fauna oferecem um espetáculo de rara beleza. Ou, ainda se divertir sem riscos na quadras e piscinas dos clubes, como o Vera Cruz.

Tudo isso é Ji-Paraná. Uma cidade marcada pelo pionerismo.

• Água e mata, uma combinação funcional ainda presente nas imediações da cidade.

• O clima tropical, quente e úmido, favorece a criação intensiva de gado.

• Nas praças, ruas e no casario simples, traços indeléveis de pionerismo.

• Fabricação de móveis utilitários constitui um das riquezas econômicas da região.

• Posto telegráfico Presidente Penna, atual Museu das Comunicações, Memória viva de Cândido Rondon e da conquista da terra.

• O Rio Machado divide a cidade: de um lado, a parte antiga, principal; do outro, centro comercial, mais recente.

• Campus da Universidade Luterana do Brasil. O maior centro de ensino particular de Rondônia.

• Ilha do coração conhecida com “O CORAÇÃO DE RONDÔNIA”.








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Fatos históricos:

Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer o atual estado de Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse pela região. Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só se desenvolvem no final do século XIX com o surto da exploração da borracha.

No início do século XX, a criação do estado do Acre, a construção da ferrovia Madeira-Mamoré e a ligação telegráfica estabelecida por Cândido Rondon representam novo impulso à colonização. Em 1943 é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o desmembramento de áreas de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da região, que em 1956 passa a se chamar Território de Rondônia. Até a década de 60, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará.

O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir das décadas de 60 e 70. Os incentivos fiscais e os intensos investimentos do governo federal, como os projetos de colonização dirigida, estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita também contribui para o aumento populacional. Entre 1960 e 1980, o número de habitantes cresce quase oito vezes, passando de 70 mil para 500 mil. Em 1981, Rondônia ganha a condição de estado.

Situado na região norte, o estado possui dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica. Os pontos mais altos do território estadual são a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26ºC.

Seu elevado índice pluviométrico, de 1800 mm/ano, garante significativo potencial agropecuário, que faz Rondônia ter o décimo rebanho bovino brasileiro, com 5,2 milhões cabeças.

Turismo - Rondônia tem um grande potencial turístico pouco explorado. Com 1,7 mil km de extensão, o rio Madeira é o maior afluente da margem direita do Amazonas e margeia Porto Velho. Passear por suas águas significa navegar no meio da floresta Amazônica, observando árvores centenárias, aves exóticas e trechos de corredeiras. É também pelo rio Madeira que se chega ao lago do Cuniã, a 120 km da capital, uma reserva biológica com criadouro natural de peixes de água doce, sobre a qual há freqüentes revoadas de pássaros.

Para atrair turistas, o governo criou uma zona de livre comércio em Guajará-Mirim, município localizado a 333 km de Porto Velho, à beira do rio Madeira, na divisa com a Bolívia. Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos importados, entre os quais se destacam os eletroeletrônicos. Do outro lado do rio, na cidade boliviana de Guayaramerín, a cota é de apenas 150 dólares e a oferta de produtos limita-se a roupas e calçados.

Economia - A construção do porto graneleiro na capital, Porto Velho, em 1995, e a abertura, em 1997, da hidrovia do rio Madeira, mudam o perfil econômico de Rondônia. Com 1.115 km, a hidrovia liga a capital ao Porto de Itacoatiara, no Amazonas, barateando o transporte de seus produtos agrícolas. Rondônia abastece a Região Nordeste com feijão e milho, destacando-se também como produtor nacional de cacau, café, arroz e soja.

Entre os anos 60 e 80, Rondônia foi considerada o eldorado brasileiro, quando atraiu milhares de imigrantes da Região Sul, seduzidos pela distribuição de terras promovida pelo governo federal. Em apenas duas décadas, a população do estado cresce nove vezes. Porém, de 1991 a 1997, o território vem perdendo em média 37 pessoas por dia. Segundo o IBGE, a migração ocorre principalmente em direção a Roraima. Com o esgotamento da qualidade da terra, em virtude das constantes queimadas, os pequenos agricultores buscam novas fronteiras agrícolas na Amazônia.

Marcado pelo extrativismo vegetal, principalmente de madeira e borracha, Rondônia também é responsável por 40% da cassiterita produzida no Brasil, boa parte retirada de Bom Futuro, em Ariquemes, uma das maiores jazidas desse minério em todo o mundo. Essa exploração passa por uma fase de modernização: desde 1997, a atividade é exercida por grandes empresas mineradoras, controladas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O processo de industrialização de Rondônia acompanha de perto a ocupação agrícola e a exploração mineral, nascendo do aproveitamento das matérias-primas, entre as quais a cassiterita, e passando ao beneficiamento de produtos agropecuários. Depois da construção da Usina Hidrelétrica de Samuel, na década de 80, crescem os segmentos madeireiro, mineral, de construção civil e alimentos.

Aspectos sociais - Rondônia tem 1,56 milhão de habitantes, dos quais 66,8% vivem nas cidades. Cerca de 380 mil, ou um quarto do habitantes, moram na capital, Porto Velho. Recoberto em sua maior parte por vegetação típica de cerrado, o estado conta com 22.433 km de rodovias, sendo apenas 6,32% pavimentadas. O saneamento básico também é bastante precário. Em 2005, a rede de esgoto alcança 48,3% dos domicílios do estado, segundo o IBGE. Os reflexos dessas condições insalubres aparecem na saúde da População: o estado é considerado pela Fundação Nacional de Saúde (FNS) uma região endêmica de malária, leishmaniose e febre amarela. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina, conta com 7,1 médicos para cada grupo de 10 mil habitantes, metade do que é considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


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