quarta-feira, 17 de outubro de 2007

cultura japonesa

01 - Dinheiro do Japão (Nihon no okane)
02 - Transporte
03 - Por Favor (Sumimasen)
04 - Gambatte
05 - Coleta de Lixo (Gomi no shuushuu)
06 - O Banheiro (Yokushitsu to toire)
07 - Comer fora de Casa (Gaishoku)
08 - Corpo Humano
09 - Elogios
10 - Aprendendo (Oshie te morau)
11 - Escola Primária e Média do Japão
12 - Feriados Nacionais do Japão
13 - Clima do Japão Uniforme
==>>Veja também:
14 - Curiosidades Japonesas - Artigos São Paulo Shimbum e complementares
15 - Japanese Museums Links - Conheça a Cultura nos Museus do Japão


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Dinheiro do Japão ( Nihon no okane )

Na moeda japonesa existem 3 tipos de cédulas: 10,000 yenes, 5,000 yenes e 1,000 yenes, e 1 yene. No Japão há um imposto chamado "shoohizei" (imposto consumo) incluído no pagamento de cada compra, como uma taxa de 3% sobre o valor total da compra. Por isso, sempre precisamos de moedas de 1 yene. Em qualquer parte do Japão, você sempre encontrará máquinas automáticas que vendem bebidas e cigarros.
Para comprar um suco de 110 yenes, introduza uma de 100 yenes e outra de 10 yenes e depois aperte o botão do desejado. Se você introduzir 2 moedas de 100 yenes, o resultado será o mesmo. Nesse caso, sairão da máquina o produto e 90 yenes de troco. O que acontecerá então se a moeda for de 500 yenes? Não se preocupe, pois a máquina lhe dará 390 yenes de troco em moedinhas. Se em vez de moedas for introduzida um cédula de 1000 yenes, a máquina processará da mesma forma. Além de bebidas e cigarros, os produtos que podem ser comprados por essas máquinas são: passagem de trem, cartão de telefone, hambúrguer, lámen instantâneo, camisinhas, etc.




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Transporte

Os trens japoneses, especialmente em Tóquio, são dos mais complicados! Você nunca pensou assim? Primeiro, as indicações escritas em alfabeto são poucas. Por isso é necessário saber ler Kanji ou hiragana do destino aonde você irá. Todavia, a rede de trens em Tóquio é excelente. É também muito pontual. Por exemplo, nas horas de "rush", na linhas de Yamanote, uma das linhas principais em Tóquio, os trens correm cada minuto! Em todo o caso, os trens nas horas de maior trânsito apresentam cenas incríveis.
Recomenda-se que você adquira um mapa de rede de trem escrito em alfabeto. Se puder, tenha-o em japonês também, pois assim você poderá saber, como se escreve em kanji, a estação aonde você se dirige. Os bilhetes de trem, se não são para viagens grandes, adquirem-se na máquina automática. Nestes dias tem aumentado passagem automáticas. Os bilhetes que têm um lado castanho ou preto são para a passagem automática. Para utilizar o ônibus, não se esqueça de confirmar se tem trocados.
Tenha cuidado quando entrar, pois há dois tipos de ônibus: um com preço único e outro com preços diferentes. O primeiro é geralmente ônibus de curta distância. Você coloca o dinheiro na caixa, que lhe devolverá automaticamente o troco. O segundo varia de preço conforme a distância. Se quiser troco, utilize a máquina de câmbio ao pé do motorista. Normalmente pode se cambiar uma nota de mil yenes ou moedas de 500 e 100. Neste caso, a máquina só faz a troca de dinheiro, por isso você tem de pagar o preço exato. Como outro meio de transporte, há taxis. Lembre-se que as portas dos táxis japoneses são automáticas. Abrem-se a porta traseira do lado esquerdo. Não tente abrir a porta com sua mão, pois corre o perigo de estragar a porta.






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Por Favor ( Sumimasen ga )

Muitos estrangeiros ficam atrapalhados quando ouvem os japoneses pedir desculpas quando um agradecimento parece mais adequado. Os japoneses dizem "sumimasen (perdão/desculpe)" não só quando se sentem culpados. É uma expressão de mostrar amabilidade com outras pessoas. "Sumimasen" também funciona como um termo de equilíbrio na sociedade japonesa. Esta palavra facilita a relação humanitária; é por isso que os japoneses às vezes dizem "sumimasen" quando realmente não têm culpa de nada.
Esta tendência pode provocar nos estrangeiros a impressão de que os japoneses sejam insinceros. De outra parte, é curioso que poucos japoneses dizem "sumimasen" quando se chocam levemente na rua. Até me parece que estão poupando o "sumimasen" para outras ocasiôes.





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Apartamento ( Apaato )

Se você pretende morar no Japão, verá que é muito difícil conseguir alugar um apartamento que seja conveniente quanto ao local, tamanho e preço de aluguel. Se você trabalha numa firma, procure que seu alojamento seja cedido pela empresa. Se não tiver essa facilidade, procure um apartamento com a ajuda de amigos ou colegas japoneses ou pessoas que conheçam bem este assunto. Devido a certos inconvenientes e mal-entedindos entre japoneses e estrangeiros, muitas imobiliárias, ou seja, o Fudoosan-ya, recusam a alugar apartamentos para estrangeiros.
É aconselhável que você procure imobiliárias em companhias de um amigo japonês ou de seu Hoshoonin, o fiador . Você encontrará muitíssimas imobiliárias em todos os bairros: muitas delas ficam perto das estações de trem. Pode também consultar revistas especializadas em imóveis, mas infelizmente elas estão escritas em japonês. Quando você encontrar um apartamento a seu inteiro gosto, antes de mais nada examine bem o imóvel e verifique se tudo funciona perfeitamente (luz, água, gás).

Na hora do contrato, você precisará de um fiador . Não deixe de examinar bem todas as cláusulas do contrato antes de assiná-lo. Normalmente, deve-se pagar o aluguel de um mês de garantia no valor de um a três meses de aluguel que é entregue para o Ooyasan, o proprietário do apartamento. Este depósito será devolvido no final do contrato quando você se retirar do apartamento em perfeito estado não havendo necessidade de fazer reparações de danos causados ou limpeza de monte.
O Reikin, ou luvas, que se paga ao Ooyasan, corresponde a duas vezes o valor do aluguel , que não será devolvido. Além das luvas acima mencionadas, a imobiliária exige como comissão o valor de aluguel de um mês. A quantia do aluguel varia não só de acordo com a área, mas também pelo fato de Ter ou não banheiro. Geralmente o contrato de aluguel é válido por dois anos. Se você quer renovar o contrato, deverá pagar novamente o Reikin e terá o aumento no valor do aluguel.
Se quiser anular o contrato, avise ao Ooyasan pelo menos com um mês de antecedência. Em vez de alugar apartamento, há também a possibilidade de morar numa pensão. No Japão, especialmente em grandes cidades, há várias casas com pensão individual (ou duas pessoas) que têm banheiro e cozinha comuns. Algumas delas são conhecidas como "Guest House", onde geralmente convivem só os estrangeiros. O valor do aluguel deste tipo nos jornais e revistas e, inglês, ou pode perguntar a algum amigo estrangeiro.






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Seguro Saúde ( Kenkoo Hoken )

Se você tem o visto permanente ou é residente no Japão por mais de um ano, é obrigatório possuir algum tipo de seguro de saúde. È aconselhável inscrever-se no seguro de saúde do governo japonês, que se chama kokumin kenkoo hoken. Se inscrever-se neste seguro de saúde, você pagará só 30% dos honorários da consulta médica.
Além disso, a carteira do kokumin kenkoo hoken serve como uma carteira de identidade. Todavia, se a empresa onde você trabalha inscrever o seu nome no Seguro Social, você não precisa possuir o kokumin kenkoo hoken. Embora a maior parte dos hospitais do Japão admita o kokumin kenkoo hoken, existem alguns que não o aceitam. Por isso, é preciso verificar de antemão se o hospital aonde você que ir admite ou não o kokumin kenkoo hoken. A contribuição menslal para o lokumin kenkoo hoken difere para cada pessoa, dependendo da sua renda anual.

Como se Registrar no Seguro Nacional de Saúde
Para se registrar no Seguro Nacional de Saúde, vá à prefeitura da sua cidade e faça a solicitação. A carteira do Seguro Nacional de Saúde será expedida a todos os registrados (uma carteira para cada família). Com ela, todos os membros da família poderão receber assistência médica. Se você mudar de residência ou cancelar o Seguro de Saúde da companhia onde trabalha, faça a sua declaração na prefeitura onde está registrado o seu endereço. Faça a declaração na Prefeitura quando, por motivo de mudança ou por registrar-se no Seguro de Saúde da companhia, tiver de cancelar o Seguro Nacional de Saúde. No momento, não se esqueça de devolver a carteira.

Se o Bebê Nascer - Caderneta em pró da Saúde Mãe/Filho (boshi kenkoo techoo)
Caso você engravide, dê entrada no pedido do boshi kenkoo techoo no Departamento de Habilitação e Moradia da Prefeitura. Com ele, você poderá registrar os acompanhamentos pré-natais e ainda tem o direito a 2 consultas gratuitas durante a gestação. Procedimento: (1) Trazer carimbo (inkan) : (2) Resultado do exame de gravidez expedido pelo Hospital.
Certidão de Nascimento: ( quando os pais são brasileiros) Trata o certificado de nascimento expedido pelo Hospital ao Departamento de Habilitação e Moradia da Prefeitura no prazo de 14 dias após o nascimento. As crianças que nascerem no Japão também precisam fazer a Carteira de Cadastramento de Estrangeiros no prazo de 60 dias após o nascimento. Caso esta criança permaneça mais de 60 dias no Japão, ela será considerada como estrangeira e necessitará de visto de permanência e passaporte para poder permanecer no país.







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Ganbatte

Os japoneses usam muito a expressão, "ganbatte" (geralmente, significa "Ânimo!", com os desejos de que a pessoa consiga alcaçar um objetivo ou superar uma barreira, cuja realização exige o esforço dessa pessoa). "Ganbatte" é uma expressão usada para animar a pessoa. Mas, quando ela é dita rapidamente numa despedida de alguém, quer dizer "Tudo de bom".







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Coleta de Lixo ( Gomi no shuushuu )

No Japão, a coleta de lixo é um serviço público gratuito. Este serviço pode variar de acordo como a área, mas geralmente o lixo é recolhido nos dias fixos da semana. Os lixos são separados em dois tipos: Futsuu gomi ou moeru gomi, que é lixo comum ou lixo combustível como resíduos da cozinha, papéis, etc. Quase sempre são recolhidos duas vezes por semana. Bunbetsu gomi ou moenai gomi, que é lixo não combustível, como plástico, vidro, metal. São recolhidos uma vez por semana.
Há ainda sodai gomi ou lixo volumoso, como móveis, aparelhos eletrônicos, etc. este tipo de lixo volumoso, como móveis, aparelhos eletrônicos, etc. Este tipo de lixo deve conservar-se em casa, pois o lixo volumoso somente será recolhido, marcando a data com a companhia de limpeza, e você deverá pagar uma taxa pela coleta. Procure separar bem os tipos de lixo, e respeite os dias de coleta de seu bairro. Aprenda a identificar os kanji dos dias da semana para saber quando depositar o lixo no dia e no local marcados.

Atenção
1- O lixo deve ser jogando no local e dia determinados.
2- Não jogar o lixo além dos dias determinados.
3- Não misturar os lixos inflamáveis com os não inflamáveis.
4- O lixo deve ser armazenado em sacos plásticos ou em caixotes, devidamente vedados, para que cães e gatos não os violem.






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O Banheiro ( Yokushitsu to Toire )

A banheira é quadrada e é menor do que a ocidental. A maneira de tomar banho é totalmente diferente. Primeiro, você tem que se lavar e se enxugar antes de entrar na banheira. Os japoneses gostam muito de tomar banho em água muito quente para se relaxar, geralmente de noite, antes de dormir. Se você mora só e seu banheiro tem uma unidade de gás anexo à banheira, pode esquentar a água como você quiser. Os japoneses usam a mesma água, portanto, quem toma o banho por último esvazia a banheira.
Quanto ao vaso sanitário, no Japão há tanto o do tipo ocidental como o do tipo japonês. O estilo japonês é considerado por muita gente mais higiênico do que o ocidental, porque nenhuma parte do corpo tem contato com o vaso, mas note bem a maneira de usá-lo. Se você anda na rua, provavelmente encontrará com facilidade algum banheiro público, e alguns deles não oferecem papel higiênico. No Japão, o papel higiênico pode ser jogado dentro do vaso sanitário. Quando você for ao interior do país, encontrará muitos vasos sanitários que não tem água de descarga.
Depois de usar o banheiro, não se esqueça de fechar a porta, pois os japoneses preferem manter este lugar sempre fechado. No Japão é raro encontrar o bidê, mas, recentemente, passou-se a instalar o "Washlet" em suas próprias casas.
O "washlet" funciona como bidê, mas não está separado do sanitário. Você torce o botão que está adaptado ao sanitário. Neste caso a água morna espicha. Apertando o outro botão, sai o vento para secar. Mas tenha cuidado de torcer o botão, conforme a indicação do uso do sanitário, isto é, enquanto ainda você está sentado. Pois, ao contrário, você correrá o perigo de se molhar e de inundar o chão.






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Comer fora de Casa ( Gaishoku )

No Japão você poderá encontrar qualquer variedade de comida de todo o mundo, como também restaurantes de comida japonesa a preços razoáveis. Muitos restaurantes oferecem comidas sortidas ou teishoku a preço mais baixo do normal na hora do almoço, quase sempre do meio dia até às 2 da tarde. Se você entra num restaurante e não pode ler o cardápio e portanto não sabe o que pedir, você pode apontar um dos modelos plásticos das comidas que geralmente há na entrada do restaurante.
Alguns cardápios também têm fotografias dos pratos que servem no restaurante. Algumas empresas e oficinas têm seu próprio refeitório e oferecem comida muito mais econômica. O obentoo, ou lanche em caixinha, é uma maneira de economizar dinheiro e comer comida mais gostosa feita em casa. Também há lojas de comida rápida japonesa chamada bentooya que oferecem uma seleção de arroz, peixe, carne e verduras que você pode escolher e levar consigo numa caixinha. As pessoas que não têm tempo para sair da oficina e não trouxeram o próprio obentoo, encomendam a comida pelo telefone ou demae a algum restaurante que fique perto do lugar do trabalho. Também tem a opção de comer de pé, ou tachigui, nos restaurantes de massas japonesas soba e udon, e ou de massa chinesa lamen. Mas se você quer comer hambúrguer, ou frango frito ou assado, ao estilo norte-americano, encontrará muitíssimas destas lojas de comida rápida sem dificuldade.






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Corpo Humano



[cabeça] - atama
[olho] - me
[ouvido] - mimi
[nariz] - hana
[boca] - kuchi
[garganta] - nodo
[pescoço] - kubi
[ombro] - kata
[costas] - senaka
[braço] - ude
[cotovelo] - hiji
[pulso] - tekubi
[mão] - te
[dedo] - yubi
[barriga/abdômen] - hara
[nádega] - oshiri
[coxa] - momo
[joelho] - hiza
[pé/perna] - ashi
[coração] - shinzoo
[pulmão] - hai
[estômago] - i
[fígado] - kanzoo
[intestino] - choo






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Elogios

Os elogios formam uma parte muito importante na integração social, entre os japoneses, para manter a harmonia nas relações humanas. Portanto, os japoneses elogiam os colegas, as esposas elogiam as vizinhas e a seus esposos, filhos, etc. Às vezes, estes elogios estão baseados em fatos verdadeiros. Mas muitas vezes podem ser tomados como uma bajulação, com palavras puramente lisonjeiras. Nas relações com os estrangeiros, o que acontece com muita freqüência é que, ainda que eles não saibam quase nada de japonês, são elogiados ao dizer uma frase. É o exemplo mais típico de vida japonesa baseada no Tatemae e no Honne. Tatemae, ou fachada, quer dizer o que é dito, e o Honne, ou sinceridade, é o que na verdade se pretende fazer ou se pensa.
O Tatemae, muitas vezes, pode parecer um tipo de hipocrisia ou atitude falsa, sobretudo para as pessoas que estão acostumadas à franqueza, mas é uma das técnicas de negociação que os japoneses usam com freqüência. Por isso, um bom negociador tem de adivinhar o que quer dizer a pessoa, segundo a sua maneira de falar, o seu tom de voz, e a situação. O Honne, que é o verdadeiro sentimento da pessoa, só será revelado de uma maneira informal e privada.





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Aprendendo ( Oshie te morau )

Para que você possa viver no Japão, terá de aprender alguns costumes e algumas espressões necessárias para a convivência. Há um provérbio japonês que diz "Andando, se aprende o trabalho". Isto quer dizer que aprende-se mais pela própria experiência do que pelos ensinamentos de outrem. Se você não souber o nome de algum objetos que está ao seu redor e quiser sabê-lo, naõ hesite em perguntar com a frase, "Como se chama isto?".
O seu amigo japonês lhe ensinará com todo o prazer. E tente pôr logo em prática o japonês que acabou de aprender. Por exemplo, quando for fazer compras, em vez de dizer, "Por favor, me dê 2 destas", diga " Por favor, me dê 2 destas maçãs" que dará uma melhor impressão ao vendedor que está lhe atendendo. Geralmente, os japoneses são mais simpáticos com estrangeiros que falam japonês. Não se esqueça de que, à sua volta, há muitos japoneses que, sabendo que você deseja aprender japonês, lhe ensinarão com toda a atenção, que às vezes chega a ser até exagerada.






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Escola Primária e Média do Japão ( Nihon no shoogakko- chuugakko )

O sistema educativo do Japão é composto pelas escola primária (e anos, de 6 a 11 anos), escola média (3 anos, de 12 a 14 anos) e escola secundária (3 anos, de 15 a 17 anos). A idade com que se entra na escola primária é igual à do Brasil, mas a idade com que se forma na escola secundária é um ano a mais que no Brasil. O ensino obrigatório é de 9 anos e não há 2º ou 3º turno como no Brasil. Tanto na escola primária como na secundária é normal Ter aulas de manhã até a tarde. No Japão todas as crianças entram na escola primária. Há aulas todos os dias, de Segunda-feira a Sábado. Cada aula é de 45 minutos, como no Brasil.
A diferença que existe é que há 4 aulas pela manhã, sendo que uma aula e outra tem um pequeno intervalo, 3 no total. Mas é proibido comer durante esse tempo. O número de aulas que são dadas pela tarde variam conforme o dia da semana, embora o normal seria de 2 a 3 aulas. No almoço, a refeição é servida a todos os alunos, de maneira que todos almocem na escola. O tempo de refeição é de apenas 4a minutos, mais ou menos. As matérias estudadas são: Lingua Nacional (japonês), matemática, ciência, estudos sociais (geografia, história, educação cívica), música, artes plásticas, atividades do lar, educação física, educação moral e atividades especiais. Não há aulas de religião. Para cada nível definido de horas . Para cada nível escolar, existe um número definido de horas de aula, estabelecido pelo governo.







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Feriados Nacionais do Japão ( Nippon no saijitsu )



1º de janeiro Ano Novo
15 de janeiro Dia da Maioridade
11 de fevereiro Dia da Fundação Nacional
Por volta de 21 de março Dia do Equinócio de Primavera
29 de abril Dia do Verde
3 de maio Dia da Constituição
5 de maio Dia das Crianças
15 de setembro Dia de Veneração aos Anciãos
Por volta de 23 de setembro Dia do Equinócio de Outono
10 de outubro Dia de Educação Física
3 de novembro Dia da Cultura
23 de novembro Dia de Ação de Graças (aos trabalhadores)
23 de dezembro Aniversário do Imperador


Você já deve ter percebido que os japoneses têm férias curtas. As férias de verão são geralmente nos meados de agosto e as de inverno são dos fins do ano aos primeiros dias do ano novo. As férias de verão também se chamam "O-bom". Baseiam-se na mentalidade budista, a época em que os espíritos de mortos voltam à casa deles. As férias de inverno são para comemorar o ano novo, e não para festejar o Natal. Os japoneses acham o ano novo muito importante e para eles o ano novo são os primeiros três dias. A maioria das lojas fecham nesses três dias. Por conseqüência, estas duas férias são para se passar com os familiares, na sua terra natal. No entanto, multidão de gente move-se, seja de carro, seja de trem ou seja de avião, para todos os lados do Japão, e até para o estrangeiro.

Além das férias mencionadas, há uma semana de folga, que se chama "Golden Week ", ou seja, a semana de ouro. Começa do dia 29 de abril e acaba no dia 5 ou 6 de maio. Nesta semana há 4 feriados oficiais. 29 de abril, que era o dia de aniversário do ex-Imperador Hirohito, e se tornou como "Dia Verde " depois dele ter falecido. 3 de maio é o "Dia da Constituição", 4 de maio "Feriado enforcado" e 5, "Dia das Crianças". Embora no Japão 1º de maio não seja feriado nacional, muitas companhias descansam para comemorar o dia dos trabalhadores. Aí, muitas pessoas aproveitam para tirar férias de 29 de abril a 5 ou 6 de maio. No japão, se um feriado calhar num Domingo, é transferido para a Segunda-feira. Assim, se 5 de maio for Domingo, a semana de ouro desse ano se prolonga até o dia 6.






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Clima do Japão ( Nippon no kikoo )

Não há muita diferença de temperatura entre as regiões, como no Brasil. E também não há cidades como São Paulo, onde se pode passar bem o ano inteiro, sem sofrer grandes variações climáticas. No Japão, o clima classifica-se, mais ou menos, em 4 estações. O arquipélago do Japão encontra-se no hemisfério norte. Apesar das pequenas diferenças de temperatura encontradas em Hokkaido, situado ao norte, a Kyushu, situado ao sul, em todas as regiões presenciam-se as quatro estações do ano.



Primavera (Haru) abril a maio É a estação das flores com uma temperatura moderada.
Não precisará mais das jaquetas e dos casacões.
Verão (Natsu) junho a agosto Muito calor, depois da estação de chuvas. Temporada com jeans e camiseta.
Outono (Aki) setembro a novembro O tufão já terá passado, e o clima estará mais fresco. Precisará de algo mais que uma camiseta.
Inverno (Fuyu) dezembro a março É a estação mais fria do ano. Neva também. Terá de se agasalhar bem para se proteger do frio.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

culinaria japonesa

Este artigo é parte da
temática Culinária
Técnicas de preparação dos alimentos
Utensílios
Técnicas
Pesos e medidas


Ingredientes e tipos de comida
Especiarias & Ervas
Molhos - Sopas
Queijo - Massas
Outros alimentos

Lista de receitas
Sobremesas

Culinárias
Regionais:
Africana - Asiática
Baiana - Caribenha
Maranhense - Mineira
Européia - Latino-americana
Mediterrânica - Oriental


Nacionais:
Brasileira - Chinesa
Coreana - Espanhola
Estadunidense - Francesa - Italiana
Japonesa - Libanesa - Mexicana
Portuguesa - Russa


De outras regiões...
Chefs famosos

Veja também
Cozinhas - Refeições
Wikilivros: Livro de receitas


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Existem várias opiniões do que é fundamental à culinária japonesa. Muitos pensam no sushi ou nas refeições formais elegantemente estilizadas kaiseki que são originárias como parte da cerimônia do chá japonesa. Muitos japoneses pensam na comida do dia-a-dia, em especial nas existentes desde antes do final do Período Meiji (1868 - 1912) ou antes da Segunda Guerra Mundial.

Índice [esconder]
1 Comida do dia-a-dia
2 Arrumação tradicional de uma mesa japonesa
3 Pratos para ocasiões especiais
4 Ingredientes japoneses
5 Temperos japoneses
6 Pratos japoneses famosos
6.1 Yakimono (Grelhados)
6.2 Nabemono (Cozidos em vapor)
6.3 Sashimi (Carne ou peixe em crú)
7 Ver também
8 Referências
9 Ligações externas



[editar] Comida do dia-a-dia

Um prato de uma refeição Kaiseki completa, mostrando o cuidado na arrumação dos alimentosA Culinária Tradicional Japonesa é dominada pelo arroz branco (hakumai, 白米), e poucas refeições seriam completas sem ele. Qualquer outro prato servido durante uma refeição - peixe, carne, legumes, conservas - é considerado como um acompanhamento, conhecido como okazu. É utilizado um tipo de talher diferente, denomidado hashi. Originário da China, consiste em dois pequenos bastões de madeira ou metal.

As refeições tradicionais recebem seu nome de acordo com o número de acompanhamentos que vêm junto do arroz e da sopa que são quase sempre servidos. A refeição japonesa mais simples, por exemplo, consiste de ichijū-issai (一汁一菜; "uma sopa, um acompanhamento" ou "refeição de um prato"). Isto quer dizer que a refeição é composta de sopa, arroz e de algum acompanhamento--normalmente um legume em conserva. O café da manhã japonês tradicional, por exemplo, normalmente é constituído de misso shiru(sopa de pasta de soja), arroz e algum legume em conserva. A refeição mais comum, entretanto, é conhecida por ichijū-sansai (一汁三菜; "uma sopa, três acompanhamentos"), ou por sopa, arroz e três acompanhamentos, cada um empregando uma técnica de culinária diferente. Estes acompanhamentos normalmente são peixe cru (sashimi), um prato frito e um prato fermentado ou cozido no vapor -- ainda que pratos fritos, empanados ou agri-doce podem substituir os pratos cozidos. O Ichijū-sansai normalmente se encerra com conservas como o umeboshi e chá verde.

Esta visão japonesa de uma refeição é refletida na organização dos livros de culinária japoneses. Os capítulos são sempre ordenados de acordo com os métodos culinários: alimentos fritos, alimentos cozidos e alimentos grelhados, por exemplo, e não de acordo com os ingredientes em particular (ex.: galinha ou carne) como são nos livros ocidentais. Também podem existir capítulos dedicados à sopas, sushi, arroz etc.

Como o Japão é uma nação insular, seu povo consome muitos frutos do mar, além de peixe e outros produtos marinhos (como algas). Mesmo não sendo conhecido como um país que come muita carne, poucos japoneses se consideram vegetarianos. Carne e galinha são comumente inseridos na culinária do cotidiano.

O macarrão, originado na China, também é uma parte essencial da culinaria japonesa. Existem dois tipos tradicionais de macarrão, soba e udon. Feito de farinha de centeio, o soba (蕎麦) é um macarrão fino e escuro. O udon (うどん), por sua vez, é feito de trigo branco, sendo mais grosso. Ambos são normalmente servidos com um caldo de peixe aromatizado com soja, junto de vários vegetais. Uma importação mais recente da China, datando do início do século XIX, vem o ramen (ラーメン; macarrão chinês), que se tornou extremamente popular. O Ramen é servido com uma variedade de tipos de sopa, indo desde os molhos de peixe até manteiga ou porco.

Ainda que muitos japoneses tenham desistido de se alimentarem de insetos, ainda existem exceções. Em algumas regiões, gafanhotos (inago) e larvas de abelha (hachinoko) não são pratos incomuns. Lagartos também são comidos em alguns lugares.


[editar] Arrumação tradicional de uma mesa japonesa
A arrumação tradicional da mesa japonesa tem variado consideravelmente nos últimos séculos, dependendo principalmente do tipo comum de mesa de uma dada era. Antes do século XIX, pequenas mesas individuais (hakozen, 箱膳) ou bandejas planas utilizadas no chão eram arrumadas antes de cada refeição. Mesas baixas maiores (chabudai, ちゃぶ台), que acomodavam famílias inteiras, começaram a se tornar mais populares no começo do século XX, mas este estilo deu lugar ao estilo ocidental de mesas e cadeiras de jantar, no final do século XX.

A arrumação tradicional da mesa é baseada no ichijū-sansai. Tipicamente, cinco bacias e pratos são colocados antes do jantar. Na ponta, são colocadas a bacia de arroz (à esquerda) e a de sopa (à direita). Atrás destas ficam três pratos planos que seguram os três acompanhamentos, um à extrema esquerda (onde pode se servir um prato fermentado), um à extrema direita (no qual pode se servir um prato assado) e um no centro (no qual pode se servir vegetais cozidos). Vegetais cortados também costumam ser servidos e comidos no final da refeição, mas não fazem parte dos três pratos de acompanhamento.

Hashi's são normalmente colocados na frente da bandeja próxima da pessoa, com suas pontas apontadas para a esquerda e normalmente apoiadas em um suporte de hashi, ou hashioki (箸置き).


[editar] Pratos para ocasiões especiais
Na tradição japonesa, alguns pratos estão fortemente ligados a uma comemoração ou evento. As principais combinações deste tipo incluem:

Osechi - Ano Novo.
Hamo (um tipo de peixe) e somen - Festival de Gion.
Sekihan, arroz cozido com azuki - celebrações em geral.
Soba - Véspera do Ano Novo. Neste caso é chamado de toshi koshi soba (年越しそば) (literalmente "soba da passagem de ano").

[editar] Ingredientes japoneses
Arroz
Arroz de grão curto ou médio
Arroz mochi
Vegetais:
batata doce,
beringela,
espinafre,
gobo (bardana),
hakusai (couve chinesa),
nabo,
negi (cebolinha),
nira,
pepino,
renkon (raiz de lótus),
takenoko (broto de bambu).
Cogumelos:
Shiitake,
matsutake,
enokitake,
nameko,
shimeji.
Tsukemono (picles)
algas marinhas:
nori,
konbu,
wakame,
hijiki,
outros;
Frutos-do-mar processados:
kani-kama
chikuwa,
niboshi,
polvo desidratado,
kamaboko,
Satsuma-age.
Macarrão (udon, soba, somen, ramen)
Ovos (galinha, codorna)
Carnes (porco, vaca, galinha, cavalo), ocasionalmente como minchi (carpaccio)
Grãos (soja, adzuki)
Produtos de cereais:
Edamame,
Miso,
Molho de Soja (claro, escuro, tamari),
Tofu (tofu, agedōfu),
Yuba
Frutas:
coquinhos,
nozes,
pêra nashi,
loquat
Frutas Citricas:
amanatsu,
daidai,
iyokan,
kabosu,
kumquat,
mikan,
sudachi,
yuzu.
Farinha de Katakuri, kudzu, rice, soba, wheat
Fu (amido de trigo)

[editar] Temperos japoneses
Em geral, considera-se que não é possível preparar autêntica comida Japonesa sem shō-yu (molho de soja), miso e dashi.

Shō-yu (molho de soja), dashi, mirin, açúcar, Vinagre de arroz, miso, sake.
Kombu, katsuobushi, niboshi.
Negi (cebolinho), cebolas, alho, nira (alho poró br.), (alho-porro ou alho francês pt.) rakkyo (um tipo de chalota)
Gergelim ou Sésamo em sementes, óleo ou sal, gomashio, furikake.
Wasabi (e uma imitação do wasabi horseradish), mostarda, pimenta vermelha, gengibre, shiso (or beefsteak) leaves, sansho, e raspas de limão.

[editar] Pratos japoneses famosos
=== Agemono (Frituras) ===

Karaage - Fritos de carne ao estilo japonês, geralmente carne de galinha condimentada com molho de soja. É apreciada e consumida pelos japoneses durante todo o ano. Consiste em pequenos pedaços de carne previamente marinados em molho de soja, alho e gengibre e posteriormente fritos em bastante óleo e acompanhados por um gomo de limão ou maionese.
Korokke (croquete) - bolas de puré de batata com vegetais cremosos, frutos do mar ou recheio de carnes saboras pandas e fritas
Kushiage - carne fritas em espeto
Tempura - vegetais em pedaços, frutos do mar e carnes fritas
Tonkatsu - costoleta da carne de porco panado frita(versão com galinha chamada de chicken katsu).
Donburi - uma taça de arroz cozido com várias coberturas condimentadas
Katsudon - costeleta de porco panada (tonkatsudon), chicken (frango -katsudon) ou peixe (e.g., magurodon)
Oyakodon - (Pai e Criança) Normalmente frango e ovo mas algumas vezes salmão e ovas de salmão
Gyūdon - Carne de vaca temperada'

[editar] Yakimono (Grelhados)
Gyoza - Bolinhos Chineses (potstickers), normalmente recheados com carne de porco e vegetais*
Hamachi Kama - osso da bochecha , maxilar e cauda de atum amarela grelhada

Kushiyaki - Espetadas de carne e vegetais
Okonomiyaki - bolos fritos passados por polme com saborosas coberturas (veja também Okonomiyaki restaurants)
Omu-Raisu - i.e. "omelete de arroz", sanduíche de arroz frita com aroma de kectchup com uma leve cobertura de ovo batido ou coberta com uma omolete de ovo
Omu-Soba - uma omolete com yakisoba como seu recheio
Takoyaki - um bolinho espiral passado no polme e frito com um pedaço de polvo dentro
Teriyaki - carne, peixe frango ou vegetais abrilhantados com molho de soja doce grelhado, panado
Unagi, incluindo kabayaki - enguia grelhada e aromatizada
Yakiniku - carne grelhada numa espécie de chapa, ou simplesmente churrasco
Yakisoba - massas fritas ao estilo japonês
Yakitori - espetadas de frango

[editar] Nabemono (Cozidos em vapor)
Sukiyaki - mistura de massas, carne de vaca finamente fatiada, ovo e vegetais fervidos num molho especial feito de caldo de peixe, molho de soja, acuçar e saquê
Shabu-shabu - massas, vegetais e camarão ou carne de vaca finamente fatiada fervidos num molho leve e mergulhados em soja ou molho de soja antes de comer
Motsunabe - vísceras de vaca, hakusai (bok choi) e vários vegetais cozidos numa base leve de sopa
Kimuchinabe - similar ao motsunabe, tirando a base kimuchi usando carne de porco finamente fatida. Kimchi é um prato tradicional Coreano, mas também se tornou muito popular no Japão, particularmente no sul da ilha de Kyushu, que é próximo da Coreia do Sul
Oden
Nikujaga, uma versão Japonesa de estufado de vaca

[editar] Sashimi (Carne ou peixe em crú)
Sashimi são alimentos crús, finamente cortados e servidos com um molho no qual os alimentos serão mergulhados antes de consumidos. Tem acompanhamentos simples como as algas; geralmente os peixes ou o marisco servem-se com molho de soja e wasabi.
As variações mais menos comuns incluem:

Fugu: Peixe-balão venenoso fatiado, (por vezes letal). Uma especialidade tipicamente japonesa. O chefe responsável pela sua preparação tem de ter uma especialização (curso obrigatório) pois pode colocar em causa a vida dos seus clientes.
Ikizukuri: sashimi vivo
Tataki (ja: たたき): o atum da espécie (Katsuwonus pelamis) vulgarmente conhecido por Bonito ou em inglês skipjack o qual pode ser servido como prato principal em bifes levemente grelhados no carvão (só para caramelizar o exterior) e depois devidamente fatiado, ou então em crú finamente cortado temperado com chalotas, gengibre ou pasta de alho.
Basashi (ja: 馬刺し): o sashimi da carne do cavalo, chamado às vezes de sakura (桜), é uma especialidade regional em determinadas áreas tais como Shinshu (prefeitura de Nagano, de Gifu e de Toyama) e Kumamoto.
Rebasashi: geralmente fígado da vitela, completamente crú (a versão típica é chamada “aburi” (あぶり)), mergulhado geralmente em óleo de sésamo temperado de sal e por fim o molho de soja.
Shikasashi: o sashimi da carne de veado, uma iguaria rara só acessível em determinadas partes de Japão. É um prato causador frequente de hepatite aguda ao ingerir-se carne crua de veados selvagens.




[editar] Ver também
Cultura do Japão
Culinária
Lista de receitas

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Dança japonesa

Japão de A à Z


Dança Japonesa

Nihon No Odori

As danças tradicionais japonesas mais conhecidas são: kabuki buyo, kamigata-mai, ryukyu buyo, shishi-mai e sarugaku.



A dança tradicional japonesa inclui vários outros estilos, todos inspirados em um dos dois elementos essenciais da cultura do país: o mai (diferenciado por uma conduta cerimonial, introspectiva e tranqüila) e o odori (folclórico, exuberante e extrovertido). Embora atualmente a distinção entre os dois termos não seja tão clara, ambos estão firmemente arraigados em muitos eventos tradicionais. A combinação dos ideogramas dessas duas modalidades de dança (mai + odori), forma a palavra buyo (que significa danças tradicionais).



A dança japonesa surgiu na Antigüidade, como um elemento de cerimônias religiosas, e se desenvolveu no decorrer dos séculos, em intima relação com vários gêneros de artes; é baseada em movimentos básicos, associados ao comportamento diário. Muitas situações e emoções podem ser expressas pelo movimento corporal.



Lenda (Como Nasceu a Dança)


De acordo com o livro mais antigo da história japonesa, Kojiki (Registro de Casos Antigos), a dança nasceu quando Amaterasu Omikami, Deusa do Sol, escondeu-se em uma caverna, depois de brigar com o irmão, Susano-o. Deixados no frio e no escuro, os outros deuses começaram a dançar em volta da caverna para atrair a atenção de Amaterasu, para que ela saísse do esconderijo. O artifício funcionou: curiosa, ela saiu da caverna e o sol voltou a brilhar.



Considerados descendentes diretos de Amaterasu, os imperadores eram homenageados com danças especiais. Uma das mais antigas é a bugaku, que era executada somente por homens

veste japonesa

O quimono, que traduzindo significa coisa para se vestir, é uma vestimenta tradicional japonesa.

Atualmente, o quimono faz parte de eventos como a Maioridade, o ano-novo, formaturas, casamentos e festivais
(Texto: Shigueko Yamamoto/ /ipcdigital.com | Fotos: Reuters e Divulgação)

Embora há décadas tenha deixado de ser o traje diário dos japoneses, não é o caso de se dizer que os quimonos estão em extinção. O Japão, para se adaptar aos tempos modernos, hoje reserva o quimono só para ocasiões especiais. Mas mesmo em grandes cidades, como Tóquio, ainda é possível ver pessoas desfilando com os seus quimonos, provavelmente a caminho de alguma reunião mais formal.

Difilculdade dos japoneses no Brasil

O contexto de dificuldades encontrado pelos imigrantes japoneses no Brasil

As primeiras levas de imigrantes japoneses no Brasil, além das dificuldades de adaptação cultural, vivenciaram no país um dos momentos mais tensos da história mundial, o período das duas Grandes Guerras e o seu corolário. Em um cenário de guerra entre mundos, os estrategistas costuravam cuidadosamente suas alianças pontuais. Na Segunda Guerra Mundial, dois blocos antagônicos travavam a luta. De um lado, os “Aliados”, que tinham na direção de seu núcleo os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, União Soviética e China. De outro, Alemanha, Itália e Japão, constituindo as forças do “Eixo”.

No contexto da bipolarização do mundo, o Brasil se encontrava em situação delicada. Com a presença de imigrantes oriundos de países que se alinhavam com o “Eixo”, havia o medo generalizado de intervenções externas dos aliados sob o pretexto de abrigo a “inimigos”.

Os japoneses vivenciavam duplamente as dificuldades de adaptação. Em um contexto político de pouca hospitalidade, lutavam pela sobrevivência de suas práticas culturais. O impacto da diferença de costumes pode ser observado em uma bizarra cena descrita sobre a imigração japonesa no Brasil:

Teijiro Suzuki narra em seu livro que os imigrantes queriam conhecer a cidade, mas os intérpretes se recusaram a levar as mulheres porque estavam vestidas de preto, com chapéus de palha grandes enfeitados com flores vermelhas e que tiveram vergonha de sair com elas pelas ruas, pois além da vestimenta andavam com passos miúdos e desajeitados (SUZUKI apud NOGUEIRA, 1995: p. 53).

Ainda vítimas da estranheza do primeiro impacto que a presença dos imigrantes japoneses causou na sociedade local, o cenário de guerra internacional imputou-lhes uma situação bastante desconfortável no Brasil, desta vez com perseguição institucional, apresentando reflexos em sua vida cotidiana.

Os imigrantes japoneses traziam consigo a formação cultural da sociedade japonesa. No Japão, a unidade do Estado Nacional era representada pela figura do soberano e de seus “súditos”. Os laços de fidelidade destes ao imperador estavam na base dos princípios estruturantes da idéia de nação para os japoneses. No Brasil, esses imigrantes viveram a angustiante contradição de serem “soldados” de seu país em guerra e, ao mesmo tempo, habitantes de um país que se colocou no campo inimigo do Japão. Esta situação teve conseqüências práticas na vida dos japoneses residentes no Brasil.

Em decorrência de acordos comerciais com os Estados Unidos e pressão interna, o Brasil anunciou o fim de sua neutralidade na Guerra. A III Conferência de Chanceleres das Repúblicas Americanas, realizada em janeiro de 1942, foi encerrada com o decreto de Getúlio que previa o rompimento de relações com Alemanha, Itália e Japão. Sob o pretexto de resguardar o país de “ideologias estranhas”, os japoneses tiveram a utilização do idioma restrito e proibido. Fernando Morais descreve um caso ocorrido em Penápolis, interior do Estado de São Paulo:

Um feirante que bateu na porta do distrito policial de Penápolis para saber os limites da nova proibição recebeu do delegado uma resposta desconcertante: “Japonês continua podendo fazer tudo: pode trabalhar, pescar, jogar futebol. Só não pode falar japonês. E quem não souber português não pode falar nada.” E era nada mesmo. Dias depois um sacerdote budista seria preso em Valparaíso quando celebrava uma cerimônia na única língua que sabia falar, o japonês (MORAIS, 2000: p. 46).

As retaliações sofridas pelos imigrantes eram decorridas, muitas vezes, de ataques de guerra promovidos por seus países de origem ao Brasil, o que deixava o clima interno bastante tenso. Os japoneses pareciam sentir de forma mais acentuada os efeitos das restrições impostas aos imigrantes dos países do Eixo. Pesquisando os periódicos referentes ao período da Segunda Guerra Mundial, Fernando Morais afirma ser possível perceber como o imigrante japonês havia se tornado alvo de ataque nos noticiários:

Por razões que os imigrantes japoneses não conseguiam entender, tinha virado mania em São Paulo atribuir a eles a culpa por todas as privações que a guerra estava impondo aos brasileiros. Quando começou o racionamento de alimentos, por exemplo, os jornais jogaram a culpa nos japoneses. “O colono japonês arrenda a terra, rouba toda a sua fertilidade e a abandona, depois, por outra onde seja possível repetir a façanha”, perorava um editorial do Diário da Noite. “Esses vampiros do solo são, em parte, os responsáveis pela escassez de gêneros de primeira necessidade” (MORAIS, 2000: p. 54).

Entre os atos praticados pelo governo brasileiro contra os “súditos do Eixo[1]” estavam o confisco de bens, a proibição de realização de negócios sem a prévia autorização da autoridade competente, despejos repentinos de suas residências e outras sanções diversas. De acordo com Morais (2000):

Nenhuma dessas medidas, contudo, doeria tanto na alma japonesa quanto a ordem do fechamento das escolas de seus filhos. Nem tanto pela alfabetização, que até poderia ser realizada em outra língua. O problema é que, sem a escolinha japonesa, as crianças estariam privadas do aprendizado do Yamatodamashii – a doutrina do “espírito nipônico” e do “modo de vida japonês”. Era na escola que meninos e meninas aprendiam o padrão de comportamento japonês – aprendiam a ser bons e leais súditos do imperador Hiroíto. E isso, os pais sabiam, nenhuma escola brasileira e nenhum professor gaidin[2] saberia ensinar. De todo o rosário de proibições impostas aos disciplinados japoneses residentes no Brasil, esta foi a única que eles resolveram burlar (MORAIS, 2000: p. 49).

Um dos fatores que esteve na origem da colônia japonesa[3] e de suas primeiras associações foi o educacional. É notável o pragmatismo no rigor com que os pais acompanhavam a educação formal dos filhos para sua profissionalização no Brasil. A mobilidade social, a partir da formação educacional do ensino regular, foi um fator importante de ascensão de descendentes de japoneses no Brasil, prática que se reproduziria nas gerações futuras.

Maringá: um estudo de caso das estratégias de resistência cultural da comunidade nikkei

Por essas e outras situações vivenciadas pelos japoneses, houve a preocupação em desenvolver formas associativas que permitissem a vida social em ambiente no qual pudessem praticar seus costumes e tradições. Visando a própria sobrevivência dos indivíduos em ambiente hostil, o grupo desenvolveu práticas baseadas em organizações e na assistência mútua. Multiplicaram-se, assim, as colônias japonesas.

As associações culturais e esportivas da colônia seriam o local por excelência de organização da comunidade, que teria no discurso da manutenção da tradição o seu maior pilar de sustentação. Neste sentido, explica-se porque seus membros não aceitam a denominação de “clubes” para as associações, termo que minimizaria sua amplitude.

No município de Maringá, no dia 18 de junho de 1947 foi fundada a ACEMA – Associação Cultural e Esportiva de Maringá, entidade pensada como um meio para desenvolver a integração da “colônia japonesa”, estimulando a prática esportiva e cultural identificada com o Japão, e promovendo o ensino do idioma japonês e do modo de ser ou estilo de vida japonês. É interessante observar ainda que em 10 de maio de 1947 acontece a fundação de Maringá, caminhando, então, a história da associação nipônica ao lado da história do município, no que se refere ao espaço temporal que ocupam.

Nas cidades brasileiras com maior presença de nikkeis[4], diversas manifestações culturais identificadas com o Japão são realizadas. Em uma análise preliminar, parecem apresentar aspectos comuns, sendo possível inferirmos assentar-se em fundamentos similares.

Dentre as várias expressões da cultura de uma dada comunidade, para Duvignaud (1983), as festividades fornecem um olhar privilegiado:

“Numa ordem de idéias, a cerimônia social é, possivelmente, o elemento fundamental da vida coletiva porque exprime, com marcante intensidade, as dimensões dos papéis sociais e o confronto dos símbolos que eles significam”.(DUVIGNAUD: 1983)

Por articular as diversas formas de organização da comunidade em um mesmo espaço, as atividades festivas que se realizam por intermédio das associações nipo-brasileiras podem dizer muito sobre a própria comunidade, como no caso do Festival Nipo-brasileiro em Maringá.

Em suas primeiras versões, o Festival Nipo-brasileiro foi realizado pela Prefeitura Municipal, Universidade Estadual de Maringá e ACEMA. Os eventos dividiam-se em mostras artísticas, apresentações folclóricas, concursos e seminários, sustentando o projeto original os objetivos de preservação, prática e divulgação da cultura japonesa, além da integração da comunidade nipo-brasileira.

Para essa comunidade, a festividade funciona também como articuladora do grupo, representando um momento de interação entre suas diversas entidades. A participação de diversas associações nipônicas é visível no festival, mesmo que estas não estejam nos postos mais altos de sua direção. A prática da cooperação é perceptível através do papel desempenhado por cada colaborador para a realização do evento, remontando às formas de solidariedade verificadas nas relações sociais dos primeiros imigrantes japoneses no Brasil.

É possível perceber uma certa regularidade nas atividades propostas para o festival em suas diversas edições. Tanto o formato da festividade quanto suas ritualizações costumam se repetir anualmente, mesclando aspectos da cultura japonesa com diversas “culturas brasileiras”.

O festival se propõe a apresentar a cultura japonesa. A cultura, qualquer que seja, é submetida a constantes adaptações, não permanecendo de forma estática no tempo, e, na festa, ela é mais facilmente reatualizada. Para Duvignaud (1983), a cultura não existe sem reatualizações e a festa lembra o que deve ser demolido, modificado, para que a cultura continue existindo.

Sendo a festa uma espécie de ritual, essas festividades folclóricas japonesas guardam a semelhança de serem celebrações, ou seja, rituais. O grande ritual anual do festival nipo-brasileiro promove a reatualização da identidade do grupo a partir das imagens construídas e reinventadas pela comunidade e para a comunidade.

Uma análise detida do festival revela que uma série de práticas rituais no seu interior nunca foram vivenciadas pelos imigrantes japoneses em seu país de origem. Muitas das “tradições” presentes no festival nipo-brasileiro são, na realidade, “tradições inventadas”.

Por tradição inventada entende-se um conjunto de práticas, normalmente reguladas por regras tácita ou abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica, automaticamente; uma continuidade em relação ao passado. Aliás, sempre que possível, tenta-se estabelecer continuidade com um passado histórico apropriado (HOBSBAWN, 1997: p. 9).

No Festival Nipo-brasileiro podem ser encontradas tradições antigas, inexistentes no Japão moderno, tradições adaptadas ou ainda tradições jamais existentes no Japão, práticas essas que podem se situar no campo das “tradições inventadas”. A respeito das tradições japonesas apresentadas pelo Festival Nipo-brasileiro, é possível fazer uma analogia com festividades folclóricas do Japão e demais festividades nipo-brasileiras no Brasil. A maioria delas traz referências do “Japão Antigo” , como o Festival Casa Japão, realizado em Londrina e o Festival do Japão, realizado em São Paulo. Esses festivais têm em comum um lugar imaginado, que costuma servir de âncora cultural para esses grupos.

Essa identificação do grupo com um lugar, no caso o Japão, mesmo que não corresponda ao Japão real, está ligado à necessidade de construção de uma identidade étnica, que dê sustentação à existência do grupo. Muitos desses lugares aos quais grupos étnicos se referem são lugares imaginados. Segundo Gupta e Ferguson:

(...) fica mais visível a maneira como comunidades imaginadas ligam-se a lugares imaginados, na medida em que povos deslocados se reúnem em torno de terras natais, lugares ou comunidades imaginadas, em um mundo que parece negar cada vez mais essas firmes âncoras territorializadas em sua realidade (GUPTA E FERGUSON, 2000: p. 36).

Sobre a importância que assumem esses lugares imaginados para as comunidades, é necessário resgatar o trabalho de Marc Auge (1994) sobre a identificação de lugares na contemporaneidade. O autor considera que a desterritorialização, o excesso de espaço, a individualização das referências e a velocidade dos acontecimentos, causam um deslocamento do “lugar antropológico”. Tem-se a figura dos não-lugares, caracterizando-se pelos espaços de rápida circulação, como aeroportos, restaurantes, hotéis, supermercados, estações de metrô, fazendo com que a identidade das pessoas que freqüentam estes lugares guarde com eles ligações meramente contratuais.

Desta forma os lugares imaginados podem guardar mais significações do que lugares reais destituídos de significados. O espaço do festival é, assim, um lugar antropológico, porque investido de sentidos, que podem ser apreendidos para aqueles que observam e por aqueles que fazem parte da festa. O Festival Nipo-brasileiro não é o “não-lugar”, porque nele as relações não são meramente contratuais. É identitário, relacional e histórico, articulando teias de relações sociais e se revestindo de significados para a comunidade nipo-brasileira em Maringá.

As dimensões culturais do festival têm como foco reconstituir um cenário do Japão, por meio de ritualizações identificadas com as tradições japonesas. As tradições em geral identificadas com um país de origem estabelecem laços que justificam a rede tecida por comunidades e estão inscritas na memória coletiva de grupos. Segundo Pollak (1992), a memória é um fenômeno construído social e individualmente e possui estreita ligação com o sentimento de identidade. Assim, a identidade com a comunidade está ligada a um sentido de pertencimento, residindo neste aspecto a importância da manutenção de uma identidade que justifique a existência da própria comunidade.

Ortiz (2000), estudando as oposições entre Japão e Ocidente descritas por japonólogos, demonstra que a globalização diminuiu ou eliminou uma série de diferenças. A japonidade ou “jeito de ser” dos japoneses seria atravessada por influências do globo. Tanto o Japão quanto os demais países possuiriam, desta forma, elementos da cultura alóctone. Segundo ele, o Japão seria parte do mundo moderno e estaria inserido em um mesmo continuum espacial. Tenta, portanto, desmistificar o “ser japonês” em oposição a um “ser ocidental”.

A japonidade se coloca, no Festival Nipo-brasileiro, como uma afirmação do grupo perante uma sociedade multi-cultural e multi-étnica. Surge, também, como um desejo de que este grupo seja aceito pela sociedade receptora de forma a somar-se à sua diversidade étnica e cultural. Denominando-se membros da colônia japonesa, em um primeiro momento, e comunidade nipo-brasileira, em um segundo momento, imigrantes e descendentes se apresentavam perante as sociedades locais a partir de uma identidade comum, japonesa ou nipo-brasileira. A preocupação com a positivação de sua imagem seria uma constante.

A afirmação da comunidade nipo-brasileira e o dilema de sua sobrevivência na atualidade

Expressão de visibilidade nipo-brasileira junto às diversas esferas da vida dos nikkeis e pretendendo ser o exemplo de organização da comunidade nipo-brasileira para o Brasil, além de referência local de expressão dessa cultura, o Festival Nipo-brasileiro é um evento de integração cultural e constitui um marco na afirmação da existência de uma comunidade nipo-brasileira em substituição à tradicional colônia japonesa. Ou seja, representa o momento de abertura desse grupo, diferenciando-se de outras práticas, mais fechadas, que as colônias japonesas tinham.

A participação dos grupos de terceira idade na festa é um exemplo da importância das atividades culturais para os imigrantes japoneses e suas primeiras gerações de descendentes no Brasil, pois as práticas culturais operavam redes de cooperação e permitiam a expressividade do grupo. Talvez por isso a organização da comunidade faça muito mais sentido para gerações mais velhas do que para as mais jovens. As gerações mais novas se inserem em um cenário diferente, no qual já encontraram o terreno minimamente sedimentado e o lugar da comunidade nipo-brasileira delimitado nas sociedades maringaense e brasileira. Neste sentido, a própria sobrevivência da comunidade nipo-brasileira como instrumento de identificação e organização torna-se um dilema na atualidade.